Acordou cedo e parabenizou as filhas
Mas diz haver brincadeiras de menina e brincadeiras de menino
À esposa, deu um lindo vaso de flores
Mas lembrou-a: amizade só com mulher, nada de homens
Levou chocolate às colegas de trabalho
Mas a presidenta: chama de vagabunda
Da garçonete beijou a mão, abriu-lhe a porta, um cavalheiro
Mas na esquina: gritou “gostosa” à primeira que viu
Ligou para a mãe, sagrada, e agradeceu a criação
Mas em casa: não lava, não passa e nunca limpou uma privada na vida
De noite, ajoelhou-se, arrependido
Pobre homem
Sempre ele
Só queria passar a mão
Com todo o respeito
Só que não