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| tentando descobrir as perguntas fundamentais |
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s
a poesia na tua boca era luxúria
o coturno no teu pé era trator
a tatuagem pelo corpo, cicatriz
o cabelo colorido tua marca
a rebeldia no olhar, ação
o sorriso imensidão
a obra, tesão
(in)tensa existência
gratidão
co a
nhe pai
cer xo
nar
a
ama
a
a
a
a
a
a
a
a
a
ar viveu.
arte de bater palma
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a emitir a
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amlap retab ed etra
imperdível é
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gozo
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cama
l suor
á peido
s p cgr pêlos
u ci orecb chulé
op ho cimaap piolho
repulsômetro sangue
iêlha alaar cocô
dléon artr lágrima
oo ag raa remela
s u o ! catarro
e barata
porra!
o medo de pronunciar palavras
anticonstitucionalissimamente
procrastinação papibaquígrafo
subjetividade a promiscuidade
interpessoal uma cumplicidade
resiliência nutre ambigüidade
pragmático empatia ostentação
concessão ignorante altruísta
paradoxo contundente stalkear
escroto discernimento sucesso
cínico idiossincrático clichê
porra intertextualidade tênue
peço indiscriminadamente amor
chato pseudointelectual blasé
cético simultaneamente insano
lobista indissociável coxinha
metódico prepotência monótono
subjetivo assexuado promíscuo
iniquidade baralho sarcástico
egocêntrico entre subseqüente
libertinagem que malemolência
reciprocidade o empoderamento
personificação pistantrofobia
hipopotomonstrosecomalhofobia
alraparla
omsiratnementarismo
odo
lisarbrasil
hora da brisa
dedos batem
no teclado
um dia
talvez nunca
sobriedade refina
sob o cobertor
quando um peido soltou
soube, era amor
uma certeza há
todo vidro conhecido
um dia quebrará
Ligo o computador para montar a prova do bimestre.
Nossa! Esta Área de Trabalho está muito bagunçada, arrumarei.
Péraí, ainda não fiz o backup da semana, farei agora.
Oxe… Que lenta a transmissão de arquivos, deixa eu fazer uma varredura.
Vixe, o HD está todo desfragmentado, melhor formatar.
Putz, posso aproveitar e já colocar um dual boot, né?
…
7 horas depois: caralho!
Meia noite e ainda não fiz a prova…
do meio do termo
da ponderação
a letra pequena
falta de ação
o povo rebelde
sem disposição
a falta de ânimo
da dicotomia
do sim e do não
o som da panela
à um lado só
que bate, se bate
por condenação
se pensa (não pensa)
é reprodução
da fala dos outros
sem a reflexão
vou para a guerra
da educação
mostrar pra galera
que repetição
de tempos outrora
já diz a história
só dá repressão!
não renda, aprenda!
parar pra pensar
é o necessário
olhar ao redor
os interesseiros
desejam apenas
o mesmo de sempre
o poder por poder
se for necessário
irei para frente
e nós em uníssono
faremos ouvir
em grito ardente:
não!
acordou cedo e parabenizou as filhas
mas diz haver brincadeiras de menina e brincadeiras de menino
à esposa, deu um lindo vaso de flores
mas lembrou-a: amizade só com mulher, nada de homens
levou chocolate às colegas de trabalho
mas a presidenta: chama de vagabunda
da garçonete beijou a mão, abriu-lhe a porta, um cavalheiro
mas na esquina: gritou “gostosa” à primeira que viu
ligou para a mãe, sagrada, e agradeceu a criação
mas em casa: não lava, não passa e nunca limpou uma privada na vida
de noite, ajoelhou-se, arrependido
pobre homem
sempre ele
só queria passar a mão
com todo o respeito
só que não
até me encantei com você
ao ver em sua mão, um fernet
mas essa camisa de crochê
é difudê